3 dias de oração pela cura do trauma do abandono e da traição

A Comunidade Anuncia-Me quer levar você neste retiro a pedir restauração a Deus, pois somente Ele pode lhe ajudar a retirar do coração o ressentimento, a dor e lhe devolver a paz e alegria.

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FERIDAS E MACHUCADOS - DEUS É A ÚNICA FONTE DE CURA

Fomos criados à imagem de Deus que é Luz Assim, quanto mais nos aproximamos dele numa atitude contemplativa, mais enxergamos a nossa própria realidade. 


O olhar amoroso de Deus nos permite superar o medo da rejeição e tirar as nossas máscaras para reconhecer tanto a nossa luz quanto a nossa sombra. 

Percebemos nossos limites, feridas, mecanismos de defesa e incoerências, mas também nosso desejo por amor, alegria e paz, nossa capacidade criativa e relacional, nossa busca de sentido existencial. 

Salomão, em Provérbios 14, 8 nos convida a "entender o nosso próprio caminho" e "estar atentos para os nossos passos" (Prov. 14,15). De fato, a maturidade provém da capacidade de compreender a nossa história e integrar as peças esparsas do quebra cabeça que é a nossa existência para enxergar o quadro completo. 

As experiências marcantes da nossa vida precisam ser consideradas com referência para encontrar o seu sentido mais profundo e aprender com elas.

Tempo e atenção são necessários se queremos evitar a superficialidade. Identificamos perplexos, a coexistência simultânea e sistémica de alegria e tristeza, prazer e dor, sofrimento e paz, amor e solidão. 

Perceber esta condição da nossa humanidade entra em choque com o desejo de nos apegar a um estado mental dominante e obsessivo como a busca da felicidade permanente. Nossa sociedade a define como, a ausência de dor e, para isto, construímos um castelo forte onde estamos protegidos, mas também enclausurados. 


Poupar-nos do sofrimento acaba nos privando da alegria, pois estes dois sentimentos são parceiros inseparáveis nesta vida. 

Nossa cultura prega uma felicidade artificial mantida com pílulas que anestesiam a dor camuflando nossa inescapável condição de mortalidade e fragilidade.

Solitários e carentes buscamos compensar o nosso vazio interior mediante um consumismo compulsivo. 

O desejo mais profundo de amar e ser amado requer a disposição de baixar as defesas e nos torna vulneráveis. As feridas mais profundas e dolorosas não provém de acidentes que nos aconteceram, mas do amor. 

O amor transforma nossa personalidade e nossa percepção. Ele nos arranca de um mundo em preto e branco para nos transportar num universo de cores brilhantes e paisagens sempre renovadas. Quando o amor se retrai, sofremos a dor da perda. A alegria do encontro é proporcional à dor do desencontro. 

Precisamos diferenciar feridas e machucados. Os machucados como o fracasso num teste, uma derrota financeira, uma expectativa frustrada, são sofrimentos provisórios e superáveis. 


As feridas nos marcam para sempre. 

Elas modificam nossa percepção íntima e o fundamento da nossa identidade. Uma ferida significa que nada será como antes. O tempo apaga os machucados, mas não cura as feridas. Somente a imersão no amor absoluto de Deus pode curar nossas feridas. 

É preciso mergulhar na morte de Jesus Cristo para experimentar a Sua ressurreição.

O significado das nossas feridas emerge quando as vivenciamos na sua relação com outros eventos e padrões da nossa vida. Conforme a maneira como lidamos com as nossas feridas, podemos nos tornar feridos que ferem ou feridos que curam. 

A Bíblia fala de dois tipos de tristeza: uma tristeza "mundana" que leva à autocomiseração, nos faz assumir o papel de vitima e "produz morte"; uma tristeza na perspectiva de Deus que gera transformação e vida (II Coríntios 7,10). 

Mergulhando na história da nossa vida, encontramos momentos dramáticos em que tivemos que fazer a escolha crucial de nos tornarmos amargurados por nossas feridas ou feridos que curam. 

O filme recente "Patch Adams: "o amor é contagioso" fala de um homem que fez a escolha de ser um ferido que cura e quase desistiu quando uma nova ferida o empurrou na beira do precipício. Para seu próprio bem e o bem das pessoas à sua volta, ele finalmente escolheu seguir o principio bíblico de "vencer o mal com o bem" (Rom. 12, 21). 

Na maioria das vezes, optamos por uma solução intermediária mesclando sentimentos de magoa e desejo de superar, passando alternativamente de vítima à protagonista. Nossa experiência pessoal de feridos curados pelo amor incondicional de Deus é que nos permite aliviar o sofrimento de outros. 

Enquanto perseguimos nossa felicidade como prioridade absoluta, iremos fazer isto à custa do bem estar do outro. Mas ao buscar diminuir a dor do nosso próximo, encontraremos a plenitude de alegria para a qual fomos criados. Assim, em vez de fugir do sofrimento através de uma vida artificial, podemos superá-lo com o bálsamo do amor de Deus que transforma o mal em bem. 

Precisamos olhar para os retalhos espalhados da nossa vida na perspectiva de Jesus Cristo que venceu o mal e a morte. 

Assim podemos costurá-los para formar uma colcha que reflete a obra de arte única que é a nossa existência à luz do amor de Deus e na dependência do Espírito Santo. 

Vamos tentar?


O CARISMA ANUNCIA-ME

A Comunidade Anuncia-Me nasceu do desejo de falar deste Jesus, e junto com mais quatro pessoas – Dairo Pimentel, Carlinhos. Tio Toninho e Maria José (Mazé) – compramos meia hora na Rádio Piratininga AM 610 para fazer um programa de rádio.

Oramos três dias para que o Senhor nos inspirasse um nome para o programa e por três vezes abrimos a Bíblia na passagem de João 2, as Bodas de Caná. Foi aí que discernimos que éramos chamados a fazer a vontade de Jesus como Maria diz: “Fazei tudo o que Ele vos disser”, era anunciá-Lo e colocamos o nome do Programa ANUNCIA-ME que começou no dia 25 de Março de 1985, Dia da Anunciação.

Não tínhamos experiência de rádio, mas ficamos no ar por 13 anos seguidos. Em janeiro de 1986, demos um passo audacioso fazendo mensalmente o jornal Anuncia-Me, um tablóide de quatro páginas – mais tarde 8 – artesanal no sistema linotipista. Éramos uma equipe de cinco pessoas que foram ficando comprometidas. Transmitimos missas das paróquias, encontros da RCC no Morumbi e Pacaembu em São Paulo, onde estávamos anunciando a Palavra ou levando-a pelo ar.

O grupo foi ficando cada vez mais junto, chegaram outras pessoas e abrimos um escritório nas dependências do Orfanato Puríssimo Coração de Maria – onde nos reuníamos todas as tardes. Nesse trabalho de colher material para o programa de rádio, conhecemos Pe. Jonas Abib que me convidou para ir para a Canção Nova e, mesmo tendo o grupo Anuncia-Me, fui ficando lá como funcionário – só com providência, sem remuneração- por 6 anos, fazendo o programa “Rincão do Meu Senhor”, “O Evangelho do dia” às 8:00  e “A Tarde é Nossa”.

Quando a Canção Nova obteve autorização para ser retransmissora da TV Educativa, fui o primeiro a aparecer anunciando o início das transmissões e a missa inaugural com Dom João Hipólito e Padre Jonas.

Pela vontade de Deus, em 1992, deixei a Canção Nova, a contragosto, pois gosto demais de rádio, e continuei a Missão Anuncia-Me. Foi ai que obtivemos o “Reconhecimento Canônico de Caráter Diocesano”, fizemos nossa regra de vida e estatuto canônico, nos tornando uma Comunidade Vida e Aliança.

“Não fundei Comunidade, ela nasceu no coração de Deus”.


Nossa missão é anunciar o Evangelho a toda criatura, missão que se faz vocação: “Ser Voz Insilenciável de Deus.”

Nosso lema :

“Simples como Maria.”

Baluartes:

• Nossa Senhora das Graças;

• São José;

• Santa Terezinha do menino Jesus;

• Santo Antonio de Sant´ana Galvão;

• Nossa Senhora da Anunciação. 

Oração do retiro

Oração a Nossa Senhora da Anunciação

“Ó Maria, virgem Imaculada e causa da nossa alegria, respondendo com generosidade ao anúncio do Arcanjo São Gabriel, vós pudestes dar curso ao plano de Deus para nossa salvação. Vós fostes, pela Providência Santíssima desde toda a eternidade, constituída vaso de eleição e moradia digna do Verbo Encarnado. Pelo vosso “sim” e fidelidade ao Pai celeste, o Espírito Santo teceu em vossas entranhas Jesus, nosso Senhor e Salvador. Eis que desejando que o Filho de Deus que quis nascer em Vós, nasça também em meu coração e conceda-me o perdão de meus pecados, prostro-me aos vossos pés e vos imploro, com todo o fervor de minha alma, que vos digneis alcançar-me, do vosso Filho, a graça que tanto necessito…(colocar a graça). Ouvi minha súplica, ó Virgem Santíssima, Nossa Senhora de Caná e de Pentecostes, Vós que, perante o trono da Graça, sois a “Onipotência Suplicante”, enquanto vou meditando, com reverência e filial afeto, todos os momentos de dor e de alegria, de desolação e de providência, que vos acompanharam em vossa bendita e singular gestação, na qual trouxestes em vosso ventre por nove meses o Filho do Deus Altíssimo. Mãe da obediência e Medianeira de todas as graças, Vós esperastes o tempo necessário para trazer ao mundo o Rei do universo. Eis que, com fé e fidelidade, aguardo a graça que vos suplico. Ajudai-me, pois, ó Mãe da ternura, virgem do silêncio e da escuta, a sofrer em santa espera o tempo e as demoras de Deus, com sobriedade de vida, alegria e perseverança. Fazei que eu jamais desanime ou seja pelo inimigo vencido. Conduzi-me ao paraíso de Vosso Dulcíssimo Jesus e passai a frente, de cada uma de minhas necessidades, perigos ou aflições. Nossa Senhora da Anunciação, rogai por nós!