Uma folha de ouro digna do interior

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Aproximava-se a festa de Natal, [...] mandou ela ao papa cinco laranjas que ela mesma se encarregara de cristalizar e embrulhara numa folha de ouro. [...] A oferenda fazia-se acompanhar de um bilhete ao Santo Padre: “Com a esperança de amenizar em vós o cruel sofrimento que vos devasta o coração. Possa a causa desse sofrimento desaparecer, para que nele subsista apenas a dor secreta que é fonte de enriquecimento e vitalidade para a alma. Essa dor, que se origina do próprio amor de Deus, não é senão o remorso de nossa própria culpa.”

Explica a diferença existente entre a dor amargurada e a dor suave, e conclui transmitindo ao papa a receita das laranjas cristalizadas.

Sendo excelente cozinheira, não perde também a ocasião para criar uma de suas oportunidades máximas espirituais: “Estes frutos tem a princípio um sabor amargo; porém, quando a alma se dispõe a sofrer até a morte por amor a Cristo Crucificado e pela virtude, eles se tornam doces. Constantemente tenho realizado esta experiência com as laranjas, que à primeira vista nos parecem ácidas e picantes. Após lhes ter retirado a polpa e mergulhado o fruto em água fervente, desaparece o sabor amargo, depois que o recheamos de saborosos condimentos e o envolvemos numa folha de ouro. Que resta do insuportável travo amargo? Desapareceu, por obra da água e do fogo. O mesmo sucede, Santo Padre, com a alma que se enamora da virtude. Os primeiros passos lhe são amargos, em vista de sua imperfeição mesma: se, porém, faz uso do sublime medicamento representado pelo Sangue do Crucificado, a água da graça que esse Sangue encerra destrói esse amargor sensível que tanto nos repugna. E, já que o Sangue não se poderá jamais dissociar do fogo, por ter sido derramado graças ao fogo do amor, podemos sustentar que a água e o fogo suprime o gosto amargo do egoísmo, e que a perseverança enche a alma de bons sentimentos , entre eles a paciência, unida ao mel da humildade que assegura o conhecimento do nosso próprio eu... Depois de recheado o fruto e pronto para ser provado, cumpre recobrir-lhe a superfície com uma folha de ouro digna do interior. Esse ouro é a maravilhosa pureza que irradia o amor, sempre que seu ardor se manifesta pelo serviço fiel e paciente do nosso próximo...” – Páginas 244 e 245

 

“O demônio teme a alma unida a Deus como ao próprio Deus.”, São João da Cruz.

 

“Meu Deus, dai-me uma vida de amor, de mortifição, de sacrifício!”, Beata Laura Vicuña.

Oração da comunidade

Oração ao Senhor!

Senhor, me ensina a esperar pelo Seu Tempo. Segure firme minha mão e aumente minhas forças na caminhada da vida. Me conduza pelo melhor caminho e guie meus passos. Me proteja de todo o mal. Aumente a minha fé e renove cada dia a minha confiança em Ti. Amém!

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"Que as suas conversas sejam sempre agradáveis e de bom gosto, e que vocês saibam também como responder a cada pessoa". Colossenses 4:6

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