Dia 2: A vida e a missão de Santa Teresa de Ávila

A conversão de Santa Teresa não ocorreu na sua entrada ao convento. Ali, ela teve momentos de dúvida e de solidão. O seu caminho foi longo. Mas um dia, rezando diante de uma imagem do Cristo flagelado, ela viveu uma grande experiência mística.

Logo depois, ela vivenciou experiências intensas que contribuíram para a sua conversão, sobretudo se identificando a Maria Madalena, a “grande amorosa”. O amor que ela tinha pelo Cristo crescia cada vez mais. E foi pela oração – esta relação íntima que ela mantinha com o Cristo em seu coração – que ela compreendeu o que Deus esperava dela: sobretudo a reforma dos Carmelos e a luta contra a inquisição.


Assim, ela quis reformar a ordem para fazê-la voltar à regra primitiva para seguir o Cristo na oração, pobreza e simplicidade da vida fraterna. Ela se engajou na fundação dos Carmelos reformados (17 monastérios foram estabelecidos sob as suas ordens).

Santa Teresa de Ávila escreveu numerosas obras, principalmente O Castelo Interior, O Livro da vida, O caminho da
perfeição. Ela morreu em 4 de outubro de 1582, aos 67 anos, em Salamanca. Beatificada em 1614 pelo Papa Paulo V, ela foi canonizada em 1622, por Gregório XV. Ela foi a primeira mulher a ser proclamada doutora da Igreja pelo papa Paulo VI, em 1970.

Rezemos com Santa Teresa de Ávila:

Eu sou vossa; para vós eu nasci.
“O que quereis fazer de mim?
Soberana Majestade, Eterna Sabedoria,

Bondade que vós derramais em minha alma,
Deus, Soberano, Ser único, Misericórdia,
Vejais quanto é vil o ser,
Que hoje proclama vosso amor em seus termos:
O que quereis de mim, Senhor?
Eu sou vossa, pois vós me criastes;
Vossa, porque me resgatastes;
Vossa, porque me suportastes;
Vossa, porque me esperastes;
Vossa, porque eu não me perdi.
Que quereis fazer de mim?
Que ordenais, então, oh, bom Mestre,
Que faça tão vil servidor?
Que missão destes
A este pecador escravo?
Vós me vedes aos vossos pés, oh, terno Amor,
Oh meu terno Amor, vós me vedes aos vossos pés;
Que quereis fazer de mim?
Eis meu coração:
Eu o coloco entre vossas mãos.
Eis meu corpo, minha vida e minha alma,
Meu amor e minha afeição
Oh, doce esposo, oh, minha Redenção,
Porque a vós eu me consagrei,
Que quereis fazer de mim?
Dai-me a morte ou a vida,
Dai-me a saúde ou a doença,
Dai-me a glória ou o desprezo,
Dai-me os combates ou a paz perfeita,
dai à minha vida a fraqueza ou a força;
A tudo eu digo sim;
Que quereis fazer de mim?
Dai-me as riquezas ou a pobreza;
Dai-me as consolações ou as

desolações;
Dai-me a alegria ou a tristeza;
Dai-me o inferno ou dai-me o céu;
Minha doce vida, oh, sol sem nuvem,
Porque eu me entreguei a vós inteiramente,
Que quereis fazer de mim?
Se quereis, dai-me a oração,
Senão, dai-me as securas;
Se vós quereis, dai-me a abundância de vossos bens e a devoção,
Senão, a escassez
Oh, soberana Majestade,
Onde somente eu encontro a paz
Que quereis fazer de mim?
Dai-me então a sabedoria,
Ou se vós não quereis, por amor por vós, eu aceito a ignorância;
Dai-me os anos de abundância,
Ou de fome e de escassez;
Dai-me as sombras ou a claridade do dia;
Retornai-me aqui ou ali;
Que quereis fazer de mim?
Se vós me quereis na alegria,
Por amor por vós eu quero me alegrar.
Se vós me ordenais os trabalhos,
Eu quero morrer nesta pena.
Diga-me somente: onde, como e quando?
Fale, oh, doce Amor, falai.
Que quereis fazer de mim?
Dai-me o Calvário ou o Tabor,
O deserto ou a terra de abundância;
Que eu seja como Jó na dor,
Ou que eu repouse como João sobre vosso coração;
Que eu seja uma vinha abundante,
Ou estéril, que importa? Se eu cumpro vossa vontade,
Que quereis fazer de mim?

Que eu seja como José jogado nos ferros,
Ou como o Intendente do Egito;
Que eu seja como Davi nas provações,
Ou como ele no cúmulo da glória;
Que eu seja como Jonas engolido nas ondas,
Ou como ele jogado sobre a margem,
Que pedis de mim?
Que eu me cale ou que eu fale,
Que eu faça o bem ou que eu não o faça,
Que a Lei antiga me descubra as feridas,
Ou que eu prove as doçuras do Evangelho,
Que eu seja na pena ou na alegria,
Desde que somente vós vivais em mim
Que quereis fazer de mim?
Eu sou vossa; para vós eu nasci;
Que quereis fazer de mim? ”
(Santa Teresa de Ávila)

Oração da comunidade

Oração de Santa Teresa de Ávila

Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-te a paz, a sabedoria, a força. Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-te a paz, a sabedoria, a força. Quero olhar hoje o mundo com os olhos cheios de amor; ser paciente, compreensiva e mansa, ver, além das aparências dos teus filhos, como tu mesmo os vês e assim, Senhor, não ver senão o bem em cada um. Fecha os meus ouvidos a toda calúnia, guarda a minha língua de toda a maldade, que só de bênçãos se encha o meu espírito. Que eu seja tão bondosa e alegre, que todos aqueles que se aproximarem de mim sintam a tua Presença. Oh, Senhor, reveste-me de Tua Beleza e que ao longo deste dia, eu te revele a todos. Amém.

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"Que as suas conversas sejam sempre agradáveis e de bom gosto, e que vocês saibam também como responder a cada pessoa". Colossenses 4:6

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