Em nossa vida sentimental, estamos com frequência entre duas situações: deixar o destino agir (não fazer nada) ou, ao contrário, querer tudo controlar (recorrer a todas as direções). A oração se situa entre esses dois extremos: agimos aceitando acolher a vontade de Deus. Podemos rezar para encontrar o amor, rezar para salvar o casamento e rezar quando o ser amado nos deixou. Não se trata de rezar para recuperar o/a ex ou de um ritual mágico para fazer o marido infiel ou a esposa infiel voltar. Em uma separação não desejada, a oração nos ajuda a abrir nosso coração ao perdão e acolher aquilo que deve ser: uma reconciliação ou um novo começo.
Dar uma segunda chance ao seu relacionamento só é possível em duas condições: o perdão (dos dois, pois cada um possui feridas), e a conversão dos corações, ou seja, aceitar mudar nosso olhar e nosso jeito de amar. Essas são duas coisas bem difíceis e é por isso que não podemos contar apenas com nossa vontade: são as graças que devemos pedir ao Senhor que nos conceda.
“Senhor, é loucura esperar? Esperar que possas mudar nossos corações e nos trazer de volta um para o outro. Senhor, é loucura esperar? Esperar possas salvar nosso relacionamento e ressuscitar nosso amor. Senhor, talvez não seja tarde demais, talvez não tenhamos desistido completamente, talvez mantenhamos uma esperança secreta e nem tudo esteja perdido. Senhor, não nos deixes afundar. Nos dê um sinal, estenda-nos a mão, guie-nos para que possamos ousar voltar atrás, questionar nossa determinação de nos separar. Senhor, mostre-nos que o amor não morre tão facilmente, que nem tudo é sonbrio. Que há grandeza e beleza em admitir nossa fraqueza, estender a mão, tentar esquecer o mal dado e o mal recebido. Dê-nos, Senhor, a força, a oportunidade, a esperança de reconstruir o fio do amor. Não te peço o esquecimento, te peço perdão. Não te peço que fiquemos juntos por obrigação, por conveniência ou pelos filhos. Te peço que nos escolhamos novamente. Te peço por nós, e, contigo, para que façamos uma nova Aliança. Já que vimos de tão perto nossa fragilidade, fortaleça-nos! Já que tocamos nossas feridas, cure-as! E já que nosso amor quase morreu, faça-o amadurecer! Não nos abandones, precisamos de Ti! Amém.”
“Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Amen!”
“Eu me volto para ti, ó Maria, porque desejo viver com uma saudável estima por mim mesmo, especialmente em minhas relações com os outros, homens e mulheres. Preciso de tua intercessão para não remoer o passado de maneira compulsiva. Entrego-me a ti com minhas dúvidas, meus medos. Venha me fortalecer em minha profunda beleza de ser humano chamado ao amor de alguém que está tão perto de mim e ao mesmo tempo tão diferente. Meu coração oscila como uma bússola que não encontra o norte. No cerne dessa inquietação, reconheço que esses tumultos interiores são o sinal de minha profunda necessidade de serenidade.
Com Santo Agostinho, eu quero acreditar que "meu coração está inquieto até que descanse em Deus". Para encontrar essa paz, preciso viver o momento presente mantendo meu corpo e minha alma receptivos à realidade que me cerca, interior e exteriormente. Ó Maria, ajude-me a afastar todo pensamento parasita que me impede de viver com confiança.
Dê-me a força para me concentrar no que tenho a realizar hoje... Ó Virgem do silêncio, esposa do discretíssimo São José, dê-me a vontade de me deter na busca de Deus. Por isso, desejo fazer minhas estas palavras de São Bruno, o fundador da Cartuxa: ‘Somente aqueles que amam e experimentaram a utilidade e a divina alegria que a solidão e o silêncio do deserto trazem, sabem disso.’ Assim seja.”
Oração de Guilherme d’Alançon
Encontrar o amor não é necessariamente uma questão de sorte ou azar. Contar com a intercessão dos santos é um ótimo caminho para viver esse tempo de espera em Deus. Encontre, em uma de nossas comunidades de oração, o suporte que você precisa para viver essa espera pela pessoa certa.
Participe da Novena a Santo Antônio de Pádua; viva um Retiro para Aprender a esperar em Deus, rezando pela cura da ansiedade; ou ainda, participe da Novena a São Luís e Santa Zélia Martin, os pais de Santa Teresinha.