Evangelho segundo S. João 19,25-27.
Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predileto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.
Comentàrio do evangelho
São Luis-Maria Grignion de Monfort (1673-1716), pregador, fundador de comunidades religiosas
«Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem», § 214
A devoção mariana é um caminho seguro para chegarmos à perfeição cristã, que consiste na união com Nosso Senhor; é um caminho que Jesus Cristo abriu ao vir até nós, e onde não existe nenhum obstáculo para chegar a Ele.
Na verdade, podemos chegar à união divina por outros caminhos; mas fá-lo-emos com bastante mais cruz, com mortes estranhas e com muito mais dificuldades, que nos custará vencer. Teremos de passar por noites escuras, por combates e estranhas agonias, por montanhas escarpadas, por espinhos aguçados e desertos terríveis. Pelo contrário, o caminho de Maria é mais doce e mais tranquilo.
Nele encontrámos, é certo, grandes combates que travar e dificuldades que vencer; mas esta boa Mãe e Mestra torna-se tão próxima e tão presente aos seus servos fiéis, para os iluminar nas suas trevas, para lhes esclarecer as dúvidas, para os apoiar nos seus temores, para os sustentar nos seus combates e nas suas dificuldades, que, na verdade, este caminho virginal ao encontro de Jesus Cristo é um caminho de rosas e de mel, comparado com outros.
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