Olhando para o belo
Christian Bobin afirmou: As crianças são como os marinheiros: para onde quer que os seus olhos se voltem, qualquer lugar é uma imensidão.
Quando éramos crianças era bem assim mesmo, brincávamos depois da escola e olhávamos para o belo sem peso, tínhamos o jeito infantil se aflorando dentro de nós. Tudo era motivo de rir, e a alegria mesmo no meio das dificuldades era um jeito de expressar o coração imenso de força, sentidos e sonhos. Lembro bem de quando jogava bola, quando marcava um gol, levantava a mão para comemorar como o Sócrates. Aquele gesto como criança me fazia sentir como se fosse um jogador profissional mesmo!
Quando partimos para o mundo adulto, ficamos insensíveis, paramos de brincar e ficamos sérios demais. Ficamos mais fechados e não temos esse negocio de imensidão no ser. Deixamos de ser crianças nos sentidos e nos sonhos. Talvez, precisamos olhar para o poema de Adélia Prado: O sonho encheu a noite, extravasou para o meu dia. Encheu minha vida, e é dele que eu vou viver. Porque sonho não morre.
Quando caminhamos com Deus, voltamos a sonhar no mundo infantil, porque ele é leve, espontâneo, simples e verdadeiro. O mundo infantil traz imensidão e aguça os sentidos da nossa fé, porque ele vê mais além. No mundo adulto ficamos mais céticos, mais frios e menos singelos na fé. A criança brinca com os sentidos e sonha alto.
Não deixaremos de ser adultos na vida depois que crescemos, mas vale a pena resgatar a alegria, singeleza, simplicidade e o jeito gostoso dos sonhos da infância, porque eles nos deixam mais leves e sensíveis ao mover de Deus dentro de nós. (Alcindo Almeida)
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"Que as suas conversas sejam sempre agradáveis e de bom gosto, e que vocês saibam também como responder a cada pessoa". Colossenses 4:6