Exalta o dom do amor, do amor perfeito pelo bom Pastor - que alegremente sacrifica a vida por suas ovelhas sem se deixar deter pelo egoísmo. Compara a justiça unida à Caridade a uma pérola valiosa. A justiça sem a Caridade não seria mais que trevas, crueldade e injustiça. Porém a caridade dissociada da justiça equivaleria ao unguento passado sobre a ferida que deveria ser cauterizada: longe de curá-la, apenas diminui temporariamente a dor. Um soberano não pode desanimar, nem mesmo quando vê os súdito resistirem tenazmente aos seus esforços para fazê-los progredir. A culpa dos insubordinados não lhe diminui a virtude, se, inpirado de um amor puro e sincero, procura reintegra-los no bom caminho. Não procura a amizade do próximo com vistas a seu próprio bem, senão para a glória de Deus. “Aspira prestar àqueles os serviços que não pode prestar diretamente a Deus, pois sente e sabe que Aquele que nos governa não precisa de nós. Eis por que se devota com fervor exclusivo a ser útil ao próximo, e acima de tudo aos súditos que lhe foram confiados.” - Página 209

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tivesse caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.

Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse caridade, não sou nada.

Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!

A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante.

Nem escandalosa. Não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor.

Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.

Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.”,  lCoríntios 13:1-8.