Certamente os reis magos imaginavam algo diferente para o nascimento do rei dos reis do que em uma gruta gelada! Que surpresa foi para eles descobrirem o Salvador tão esperado em tão modesta acomodação. Esses sábios, guiados pela sede de verdade, não compreenderam.... Entretanto, quando eles viram o Menino envolvido em panos, eles acreditaram. Que abertura de coração!

Estes reis deixaram tudo, foram pelas estradas, fizeram-se humildes para encontrar Jesus e entrar no mistério de Natal. “Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra” (Mt 2,11). Eles ofereceram os seus tesouros para receber um tesouro muito maior: a graça de um Deus que se doa! “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos” (Mt 11, 25), diz Jesus se dirigindo ao Pai. Os escribas do rei Herodes,
conheciam as escrituras, mas não foram se ajoelhar diante do Menino.

“Sejam humildes diante do Todo Poderoso, preservem o sentido do mistério, porque entre Deus e vocês há sempre o infinito, não se esqueçam que diante de Deus, diante da sua revelação, não se trata tanto de compreender com a nossa razão limitada, mas de amar”, nos diz São João Paulo II, em Fides e Ratio.

Oração

Senhor, ajuda-nos a tomar o caminho da humildade e da doçura para abrir o nosso
coração ao grande mistério do Natal. Assim, tu virás nos salvar, nos libertar. “Bem- aventurados os que têm um coração pobre, porque deles é o Reino dos Céus!” (Mt 5,3)