Em nosso caminho para o presépio, ergue-se uma montanha magnífica cujos cumes tocam o Céu. A estrela nos espera do outro lado da montanha: subir é o único meio de chegar até ela. À primeira vista, não há passagem, nem rastros que a marcam. Desencorajado(a), eu tenho vontade de fazer meia volta e abandonar essa caminhada, que parece não levar a lugar nenhum. A estrada está bloqueada! Mas um raio de luz me faz perceber rastros de passos na neve. Alguém passou por ali antes de mim!

O homem que me abriu o caminho é Jesus! Ele passou primeiro para que eu o siga: Ele é o Caminho. Suas pegadas parecem estar gravadas na neve, nada as modifica, elas não mentem: Ele é a Verdade. Quando eu vacilo ou caio, ele me estende a mão: Ele é a Vida!

Procurar a Verdade é seguir o Cristo e somente Ele. Esse não é um belo, longínquo e nebuloso ideal. É um desafio cotidiano que passa pela nossa relação de amizade com Ele. A névoa esconde e faz desparecer o caminho, a nossa fadiga nos faz tropeçar continuamente e o caminho nos parece tão árduo. Mas o Senhor tem um plano: ele nos propõe de segurarmos uma corda que ele puxa. Não podemos recusar tal oferta, que ainda por cima, é gratuita! Simplesmente, é preciso reconhecer, com humildade, que Ele é melhor alpinista do que nós... Ele é o guia por excelência! O Senhor nos pede apenas de deixa-lo ir na nossa frente.

Atenção, para seguir um tão exímio escalador, é preciso se segurar! Mas quanto mais estamos próximos dele, mais fácil fica colocarmos os nossos passos nos seus: “Eu sou a videira; vós os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá
muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. ” (Jo 15,5)

Quanto mais estivermos unidos a Ele, mais o conheceremos e mais poderemos seguir o seu exemplo. Santa Teresa do Menino Jesus entendeu bem essa verdade: “Como Jesus subiu aos Céus, eu somente posso seguir os rastros que ele deixou, mas como esses rastros são luminosos, como eles são perfumados: Eu somente preciso dar uma olhada no Evangelho para, rapidamente, respirar os perfumes da vida de Jesus e saber para qual lado correr...”

A chave da união com o Cristo é a oração fiel. O que é a oração exatamente? Santa Teresa nos dá da resposta: “Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar dado em direção ao céu, é um grito de reconhecimento e de amor,
tanto no meio da provação como no meio da alegria; enfim, é algo grande, sobrenatural que me dilata o coração e me une a Jesus. ”

É algo magnífico e exigente ao mesmo tempo: distrações, cansaço, estresse, falta de tempo..., mesmo os mais fervorosos podem abandoná-la!

Hoje, nós lhes propomos um método para rezar e se manter firme na oração ao longo do tempo. Trata-se do método de Laurent Landete - um moderador da comunidade de Emmanuel - que ele nos apresenta em seu livro “Como Rezar a
Cada Dia? ” É uma valsa a 4 tempos, 4 minutos cada tempo.

1. Eu faço silencio: isso pressupõe encontrar um lugar para se isolar dos barulhos e se colocar na presença de Deus.

2. Eu escuto a Palavra de Deus: aquela da liturgia ou aquela que me é ofertada quando eu abro a Bíblia. Eu a repito e a deixo agir. O que o Espírito Santo quer me dizer hoje? “É preciso meditar a Palavra de tal modo que transpareçam sobre os nossos rostos os traços dos verbo encarnado” (João Paulo II, homilia de 2 de fevereiro de 2001). Em seguida, tente colocá-la em prática. Esta noite ou amanhã de manhã você poderá se lembrar da Palavra recebida hoje e se perguntar como a colocou em prática.

3. Eu dedico um tempo gratuito para Deus, para adorá-lo simplesmente.

4. Eu peço ao Senhor a sua ajuda, para mim e para o mundo, que também precisa da minha oração.

Comece hoje, são apenas 15 minutos do seu dia! O mais importante é não faltar ao seu encontro com o Senhor.