Teresa nasceu no dia 15 de março de 1515 em Gotarrendura (Ávila), na Espanha. 

Ela era uma menininha de personalidade bem firme, que sabia o que queria. Teresa tinha um grande desejo em seu coração: encontrar Deus. Para encontrá-lo, aos 7 anos de idade, ela teve a ideia de fugir com o seu irmão para viverem como mártires nos territórios dos “infiéis”.

Esta garotinha apaixonada também viveu provações, sobretudo a morte de sua mãe quando ela tinha apenas 13 anos de idade. A partir de então, ela foi educada no convento das Agustinas, em Ávila.

Teresa estava sempre à procura dela mesma; a entrada na vida religiosa lhe pareceu ser um bom caminho, apesar de ter uma vida normal e viver os seus tormentos de adolescente romântica.

Ela fugiu de casa uma segunda vez quando o seu pai não lhe permitiu entrar no Carmelo. Aos 20 anos, ela entrou no monastério da Encarnação, em Ávila. Para a vida religiosa, ela adotou o nome de Teresa de Jesus. Entretanto, os primeiros anos da vida religiosa não foram um grande rio tranquilo. Teresa também era uma moça “do mundo” e isto, às vezes, a separava um pouco de Deus. Ela conheceu conflitos que a colocaram à prova e ficou gravemente doente em 1537 e, por causa disso, voltou a viver um tempo com a sua família. Ela retornou para o convento em 1539, após a sua recuperação.

Ainda que ela tivesse crescido em um universo piedoso, o fervor de Santa Teresa nunca tinha sido tão grande. Houveram dúvidas, fraquezas e tentações antes do grande encontro de sua via e antes de compreender o que o Senhor esperava dela.

Rezemos com Santa Teresa de Ávila:

“Meu Deus, eu não quero nada além de vos amar;
Oh, delícias minhas, Senhor de todas as coisas criadas e meu Deus! Até quando esperarei
vossa presença? Qual remédio dais àquela que não tem repouso sobre a terra, a não ser
em vós? Oh vida longa! Oh, vida penosa! Oh, vida que não vive! Oh, solitária solidão! Como
é ela irremediável! Então, quando Senhor, quando? Até quando? O que eu posso fazer,
meu bem, o que posso eu fazer? Deveria eu, como uma aventura, desejar não vos desejar?
Oh, meu Deus e meu criador, vós bateis e não colocais curativo, vos feris e não se vê a
ferida; vós matais e somos ainda mais vivos; enfim, meu Senhor, o Todo Poderoso que sois
faz o que quer. Mas, meu Deus, quereis vós que um verme tão desprezível sofra essas
contrariedades? Que seja assim, meu Deus, porque vós quereis, porque eu não quero nada
além de vos amar. Assim seja. ” (Santa Teresa de Ávila).