Oração inicial: 

Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, do poder ilimitado que vos deu o vosso Divino Filho sobre o seu coração adorável. Cheio de confiança na vossa intercessão, venho implorar o vosso auxílio. Tendes, em vossas mãos, a fonte de todas as graças que brotam do coração amantíssimo de Jesus Cristo; abri-a em meu favor, concedendo-me a graça que ardentemente vos peço. Não quero ser o único por vós rejeitado, sois minha Mãe, sois a soberana do coração de vosso Divino Filho.

Sim, ó Virgem Santa, não esqueçais as tristezas dessa terra; lançai um olhar de vontade aos que estão no sofrimento, aos que não cessam de provar o cálice das amarguras da vida. Tende piedade dos que se amam e que estão separados pela discórdia, pela doença, pelo cárcere, exílio ou morte. Tende piedade dos que choram, dos que suplicam, e dai a todos o conforto, a esperança e a paz! Atendei, pois, à minha humilde súplica e alcançai-me as graças que agora fervorosamente vos peço por intermédio de vossa santa Medalha Milagrosa! Amém.

Reflexão: 

Vamos refletir, através da passagem do Magnificat, mais uma etapa no processo de maturidade. O Magnificat é uma expressão de louvor de Nossa Senhora. Refletiremos o quanto que o louvor nos leva a sermos gratos, a Deus, por tudo aquilo que Ele faz em nossas vidas.

"E Maria disse: “Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre”. Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa."

  Quando olhamos para a passagem da visitação, por muitas vezes, paramos somente no tocante do louvor: é um louvor lindo, completo e profundo. Isso tudo é verdade, mas não podemos nos esquecer de um detalhe muito importante que acontece antes do louvor: a obediência de Maria. A obediência ao projeto de Deus na vida dela gera alegria. Deste modo, a nossa obediência a Deus nunca vai nos deixar entre lágrimas, ao contrário, ela sempre vai produzir alegria em nós. O louvor verdadeiro é o louvor movido pela alegria que está sendo manifestado em nosso meio. A expressão do louvor nada mais é do que o trasbordamento da alegria de Deus em nós. No processo de maturidade conseguimos ver a obediência como sinal grandioso de humildade e de alegria também. Na ótica deste mundo e em uma humanidade muito infantil se vê a obediência como um fracasso, como uma humilhação, enquanto que no âmbito da graça, a obediência nos gera a alegria. A obediência nos faz ver milagres de Deus em nós.

  Neste cântico do Magnificat, Maria reconhece e proclama de maneira afetiva, emotiva, jubilosa e apaixonada, toda gratidão que ela tem para com Deus. A pessoa madura é sempre grata na fala, na vida e em sua expressão sempre haverá gratidão. E Maria soube fazer isso, pois o cântico do Magnificat é uma verdadeira memória de gratidão por tudo àquilo que na vida dela foi se realizando.

  Nesta fase da vida de Nossa Senhora, podemos observar elementos de uma vida equilibrada e madura. Isso é difícil nos tempos de hoje, em uma sociedade que está deturpando tudo aquilo que é o amor. O cântico do Magnificat tem um ânimo de alma que faz Maria ser plena de Deus e revelar seus sentimentos, afetos e paixões. Tudo isso revelado num único momento: o louvor, a gratidão. Isso nos faz perceber que para nossa humanidade, Maria revela a humanidade dela, que é plena da graça de Deus. E é justamente, essa graça de Deus, que dá equilíbrio para nossa vida e para nossas emoções.

Você é uma pessoa que louva ou só reclama?

Responda essa pergunta como o terceiro degrau para maturidade humana!